quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

09. Embaixo das Marquises da W3



Embaixo das Marquises da W3

Eu faço de tudo, mas faço tudo errado
Aos olhos do mundo que me fitam condenando
Eu não sou perfeito não fui feito pro trabalho
Que querem como cruz sobre meus ombros
Os meus braços abraçam o espaço, saúdam a vida
Me cobre o cobertor de estrelas sobre a avenida
Me banho de luar no meu torto caminhar
Das pernas que me levam a lugar qualquer que eu queira

Adeus, amigos, não vou mais voltar
Foi muito bom estar com vocês
Mas chegou a minha vez.

É a última vez que durmo aqui
Embaixo das marquises da W3
Amanhã vou pra outro país
Vou sentir saudades de vocês

Eu sofro de tudo, mas sofro calado
Pois, não quero que julguem o que tenho no peito
Você que me ouve, que me ajude a entender
A autoridade que define o que é e não é defeito
Me lava, então, o mergulho na água do Paranoá
Me purifica o ar seco que paira aqui
Não vou mais me enganar, não posso mais mentir
Amar só se for amor a toda a humanidade.

Até, amigos, não posso mais ficar
Foi bom demais tocar convosco...
Vou com o gosto na boca.

É a última vez que durmo aqui
Embaixo das marquises da W3
Amanhã vou pra outro país
Vou sentir saudades de vocês

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